Ciências
23/08/2013
Paraná usa DNA para criar talentos
Por Gazeta do PovoEstado lança hoje projeto que pretende usar dados genéticos para descobrir o potencial esportivo de crianças e direcioná-las
Encontrar os potenciais esportivos no Paraná pelo estudo genético é o objetivo do projeto “DNA Olímpico”, que será lançado hoje pela secretaria de Esporte do Paraná, a partir das 9 horas, no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
Com um investimento de R$ 5 milhões para os dois primeiros anos, o programa vai criar um banco de dados biológico para o estudo do DNA de atletas e de iniciantes no esporte, a partir de 8 anos. Serão feitos testes para descobrir quais versões de dois genes relacionados à performance física – o alfa-actinina-3 (ACTN3) e o Enzima Conversora de Angiotensina (ACE) –, estão presentes nos indivíduos.
“Não é o primeiro projeto do país a fazer isso, mas é o primeiro que vai abranger um estado todo. A intenção é que possamos identificar as características genéticas das crianças e, com isso, direcioná-las para modalidades de força ou de longa duração. Caso se torne um atleta, o direcionamento dos seus treinamentos fica muito melhor”, diz o coordenador do programa, Antônio Carlos Dourado.
Os primeiros atletas a serem testados são os 1,5 mil contemplados com outro programa do governo estadual, o Talento Olímpico do Paraná 2016 (TOP 2016), que recebem bolsas de incentivo. “Cerca de 200 deles já passaram por baterias de exames, com testes sanguíneos, de força, capacidade respiratória. Com esses dados já conseguimos apontar ajustes simples nos seus sistemas de treinamento”, destaca Dourado. Os demais passarão por coleta de material genético com amostras de saliva, que serão analisadas em universidades estaduais paranaenses.
“É um trabalho de pesquisa científica na área esportiva e que surgiu da parceria com a Fundação Araucária [entidade de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná] e a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] com a secretaria de Esporte. Vamos lançar um edital para que as universidades estaduais se candidatem a executarem os testes. Depois dos atletas do Top, vamos estender os testes para os demais projetos esportivos”, explica o secretário estadual da pasta, Evandro Rogério Roman.
No Brasil, outro projeto, o Atletas do Futuro, em São Paulo, está criando um banco de dados genéticos e metabólicos de grandes campeões para compará-los com os de crianças em iniciação esportiva. Em 2011, o projeto detectou que os até então 12 medalhistas olímpicos do judô tinham a versão ativa do ACTN3, que estimula a produção da proteína de mesmo nome, favorável ao desenvolvimento de fibras musculares de rápida contração, essenciais para esportes que exigem explosão, força e velocidade.
“Temos mais de 200 genes relacionados à performance física. Esses dois [ACE e ACTN3] são os que mais têm se destacado na literatura e a atletas de ponta. Outros estudos ainda tentam fazer outras relações de como esses genes contribuem no desempenho esportivo, como a recuperação física”, destaca o fisiologista do Centro de Estudos da Performance Física (Cepefis) da UFPR, Raul Osiecki.
Dourado destaca que a identificação de talentos pelo DNA não cria um ambiente de exclusão para os jovens esportistas. “O esporte de alto rendimento é, por natureza, seletivo. Mas a prática do esporte formata o indivíduo não só para a competição, mas também para um estilo de vida. Quem não tiver apontado o potencial para esportes de velocidade, pode atuar em modalidades de resistência”, diz.
Encontrar os potenciais esportivos no Paraná pelo estudo genético é o objetivo do projeto “DNA Olímpico”, que será lançado hoje pela secretaria de Esporte do Paraná, a partir das 9 horas, no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
Com um investimento de R$ 5 milhões para os dois primeiros anos, o programa vai criar um banco de dados biológico para o estudo do DNA de atletas e de iniciantes no esporte, a partir de 8 anos. Serão feitos testes para descobrir quais versões de dois genes relacionados à performance física – o alfa-actinina-3 (ACTN3) e o Enzima Conversora de Angiotensina (ACE) –, estão presentes nos indivíduos.
“Não é o primeiro projeto do país a fazer isso, mas é o primeiro que vai abranger um estado todo. A intenção é que possamos identificar as características genéticas das crianças e, com isso, direcioná-las para modalidades de força ou de longa duração. Caso se torne um atleta, o direcionamento dos seus treinamentos fica muito melhor”, diz o coordenador do programa, Antônio Carlos Dourado.
Os primeiros atletas a serem testados são os 1,5 mil contemplados com outro programa do governo estadual, o Talento Olímpico do Paraná 2016 (TOP 2016), que recebem bolsas de incentivo. “Cerca de 200 deles já passaram por baterias de exames, com testes sanguíneos, de força, capacidade respiratória. Com esses dados já conseguimos apontar ajustes simples nos seus sistemas de treinamento”, destaca Dourado. Os demais passarão por coleta de material genético com amostras de saliva, que serão analisadas em universidades estaduais paranaenses.
“É um trabalho de pesquisa científica na área esportiva e que surgiu da parceria com a Fundação Araucária [entidade de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná] e a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] com a secretaria de Esporte. Vamos lançar um edital para que as universidades estaduais se candidatem a executarem os testes. Depois dos atletas do Top, vamos estender os testes para os demais projetos esportivos”, explica o secretário estadual da pasta, Evandro Rogério Roman.
No Brasil, outro projeto, o Atletas do Futuro, em São Paulo, está criando um banco de dados genéticos e metabólicos de grandes campeões para compará-los com os de crianças em iniciação esportiva. Em 2011, o projeto detectou que os até então 12 medalhistas olímpicos do judô tinham a versão ativa do ACTN3, que estimula a produção da proteína de mesmo nome, favorável ao desenvolvimento de fibras musculares de rápida contração, essenciais para esportes que exigem explosão, força e velocidade.
“Temos mais de 200 genes relacionados à performance física. Esses dois [ACE e ACTN3] são os que mais têm se destacado na literatura e a atletas de ponta. Outros estudos ainda tentam fazer outras relações de como esses genes contribuem no desempenho esportivo, como a recuperação física”, destaca o fisiologista do Centro de Estudos da Performance Física (Cepefis) da UFPR, Raul Osiecki.
Dourado destaca que a identificação de talentos pelo DNA não cria um ambiente de exclusão para os jovens esportistas. “O esporte de alto rendimento é, por natureza, seletivo. Mas a prática do esporte formata o indivíduo não só para a competição, mas também para um estilo de vida. Quem não tiver apontado o potencial para esportes de velocidade, pode atuar em modalidades de resistência”, diz.
Esta notícia foi publicada em 23/08/2013 no site www.gazetadopovo.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.