Disciplina - Ciências

Ciências

23/12/2015

Aedes aegypti x Doenças

Como distinguir dengue, chikungunya e zika vírus?
Por Bem Paraná

As três doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Melhor remédio é a prevenção.

Com a chegada do verão cresce o risco de uma epidemia de doenças transmitidas pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, como a dengue, febre chikungunya e o zika vírus. Uma dificuldade a ser enfrentada na luta contra estes males é a semelhança entre alguns sintomas, que se manifestam de formas distintas em cada quadro. A febre, por exemplo, pode aparecer em todos os casos, mas, na dengue, é mais elevada.

Manchas na pele, segundo a coordenadora do Comitê de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei, são bastante comuns em casos de Zika desde o início da doença e, nas infecções por dengue e chikungunya, quando aparecem, chegam entre o terceiro e o quinto dia.

“A dor de cabeça pode aparecer nos três casos, sendo que, na dengue, é mais intensa. O quadro de mialgia (dores no corpo) também pode se manifestar nas três doenças. Já a articulação inflamada é pior na febre chikungunya e dura até três semanas. Temos também a conjuntivite, que pode aparecer em infecções por chikungunya e Zika, mas por dengue não”, explicou.

Não existe tratamento específico para as infecções por estes vírus. A orientação do Ministério da Saúde é que na presença de qualquer sintoma, o paciente procure a unidade de saúde mais próxima. Além disso, deve fazer repouso e ingerir de bastante líquido durante os dias de manifestação de sintomas.

Alguns medicamentos como ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, podem aumentar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue. Por isso, ao apresentar os sintomas a pessoa não deve se automedicar.

Verão — Para Nancy, o controle de focos do mosquito será imperativo durante o verão. O aumento de casos de infecção pelos três tipos de vírus durante o verão é esperado por causa de características biológicas do Aedes aegypti.

Os ovos do mosquito, segundo ela, podem sobreviver por até um ano e, cinco ou seis dias após a primeira chuva, já formam novos insetos. “No verão, chove mais e o clima ajuda, já que a temperatura ideal para o mosquito é entre 30 a 32 graus Celsius”, diz a coordenadora. O verão começou hoje, às 1h40.

COMO DIFERENCIAR

SINAIS E SINTOMAS DENGUE ZIKA CHIKUNGUNNYA
Febre (duração) Acima de 38º (4 a 7 dias) Sem febre ou subfebril 38º (1-2 dias subfebril) Febre alta (2-3 dias)
Manchas na pele A partir do 4º dia Surge no 1º ou 2º dia Surge entre o 2º e 5º dia
Dor muscular Forte Fraca Forte a moderada
Dor articular intensa Leve Leve/moderada Moderada/intensa
Edema da articulação Raro Frequente e leve intesidade Frequente/moderada a intenso
Conjuntivite Raro 50-90% dos casos 30% dos casos
Dor de cabeça Forte Moderada Moderada
Coceira Pouco frequente Frequente Pouco frequente

 



AEDES AEGYPTI


Curitiba emite boletins diários

Com a chegada do verão — período em que o clima favorece a proliferação do Aedes aegypti —, a Secretaria Municipal da Saúde passa a divulgar boletins diários com informações sobre o mosquito e as doenças a ele relacionadas. Os boletins fazem parte da campanha “Curitiba contra o Aedes”, que a partir de janeiro incluirá uma série de ações de marketing destinadas a esclarecer e envolver a população no combate aos vírus da dengue, da febre chikungunya e ao zika vírus – todos transmitidos pelo Aedes aegypti.

Os textos visam principalmente orientar a população sobre formas de ajudar no combate ao Aedes aegypti, além de tirar dúvidas comuns sobre os vírus transmitidos pelo mosquito e outros aspectos ligados ao tema.

Os boletins podem ser lidos aqui: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/curitiba-contra-o-aedes/2695

Ao longo de 2015 foram confirmados 226 casos de dengue em Curitiba, três deles autóctones — quando a pessoa é infectada no próprio local de registro da doença. Além de um caso de zika vírus e um de febre chikungunya, ambos importados. Em 2014, foram 48 casos de dengue confirmados.

REPELENTE TEM LISTA DE ESPERA EM CURITIBA

Com a chegada do verão e o risco de uma epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, febre chikungunya e o zika vírus, a procura por repelentes para proteção disparou, especialmente depois que o Ministério da Saúde recomendou seu uso. E entre os produtos no mercado, os de longa duração, como os a base de icaridin, viraram vedetes. Em Curitiba, uma das redes de farmácias que comercializa o produto têm até fila de espera, já que o repelente esgotou rapidamente nos últimos dias.

Um novo lote deve chegar até o fim do mês, e os clientes que deixaram o nome e fizeram reserva serão avisados por telefone. O interesse pelo produto é o tempo de duração, que pode chegar a 10 horas de proteção. Segundo o Ministério da Saúde, são três os princípios ativos comercializados no Brasil aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Independente disso, o Ministério adverte que os produtos precisam ter registro na Anvisa. A consulta de cosméticos repelentes regularizados pode ser feita pelo endereço: http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_cosmetico.asp

Esta notícia foi publicada em 21/12/2015 no site bemparana.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor
Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.