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Macaco-prego galego
A história desse macaco-prego é única na zoologia brasileira. A espécie foi relatada pela primeira vez em 1648 quando o naturalista alemão Marcgrave veio ao Brasil como parte da comitiva de Maurício de Nassau, mas, somente em 1774, outro naturalista alemão, Schreber, descreveu formalmente a espécie. Depois disso, nunca mais se falou sobre esse macaco-prego amarelo claro e de pêlos longos, e se chegou a questionar a existência da espécie. Até que, em 2004, um lote de animais apreendidos no Centro de Proteção de Primatas Brasileiros, em Alagoas, chamou a atenção de dois pesquisadores da Paraíba, que perceberam que se tratava de exemplares do macaco, Cebus flavius. Essa história nos mostra que o macaco-prego galego nunca foi abundante na natureza e passou despercebido por mais de 300 anos. Hoje, a espécie sobrevive apenas em alguns poucos fragmentos de Mata Atlântica dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em 2006, o Zoológico de São Paulo, em parceria com o Instituto Chico Mendes, iniciou um programa de reprodução em cativeiro para o macaco-prego galego, à partir de animais apreendidos. O objetivo desse programa é garantir a manutenção da espécie e evitar que desapareça, caso aconteça algum problema que leve à extinção as populações na natureza. Além disso, os animais nascidos em cativeiro, no futuro, podem ser reintroduzidos em seu habitat natural. Palavra-chaves: macaco-prego galego, mamíferos, primatas, extinção. zoologia